Olá meninas, olá meninos!
O dia da semana é o sábado.
Após um longo período
em que as águas do céu insistiram em cair sem cessar, o senhor Tempo resolveu
amainar. Os ventos do final do equinócio de Outono para a entrada do Inverno
estenderam seus longos braços recolhendo as nuvens bojudas dando espaço à
claridade do dia. O sol surgiu fraquinho, tímido, temeroso de não ser bem
recebido. Bobagem dele, até eu que sou filha da Lua o Amo. De coração.
E, por conta da chuvarada e da mudança de cidade, estou há
quase vinte dias sem lavar roupas.
Quando logo de manhãzinha abri a janela do quarto para saudar o novo dia
despontado no horizonte, vi o céu clarinho e decidi. Dia de lavar roupa.
Entretanto minha companheira de tanque, a velha brastemp, é
Temperamental que só ela! Já há algum tempo que a danada só trabalha quando
quer; e hoje não quis. Decidiu que hoje era o dia do seu Fim e que, portanto
passaria a viver entre tantas outras companheiras no cemitério dos ferros
velhos. Que fazer?! Comprar outra. Mas, enquanto não se compra e enquanto a
loja não entregar o seu produto devo acumular por mais uns quinze dias a roupa
suja? É. Até poderia ir lavar a roupa lá
casa da minha mãe, ou de uma das minhas cunhadas... Não. Não vou fazer isto,
até porque roupa suja se lava em casa. E agora? Tudo quanto me resta é:
Ressuscitar o velho método de lavar roupas que consiste em:
molhar a roupa, ensaboar, esfregar, enxaguar, botar de molho no sabão em pó,
depois dar mais uma esfregadinha, assim como quem não quer nada, enxaguar duas
ou três vezes, passar na água com amaciante, torcer, sacudir a peça e pendurar
no varal. Simples assim! Eu acho. Bem melhor
do que tirar baldes e mais baldes de água do poço e esfregar as ditas cujas na
tábua de lavar. É serio. Sou deste tempo. Aquele no qual estas facilidades de
hoje sequer eram sonhadas. Agora, o que pega é que hoje não tenho nos braços a
mesma força e o mesmo vigor da minha jovem juventude. Entretanto e, no entanto a gente torce como
pode.
Roupas no varal, brilhando ao sol.
Boralá cuidar das madeixas
porque também sou filha da Deusa e a Marta não espera, mas antes eu quero
mostrar a Manta (rag quilt) esfarrapada quase, quase pronta... E agora está pronta!
Bom fim de semana a todos e como caipira que sou. Inté mais
ver.
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